É melhor não saber

Autora: Chevy Stevens
Editora: Arqueiro

     Sara está prestes a se casar e sente que nunca se encaixou totalmente na família que a adotou. Tem uma ótima relação com a mãe e com a irmã Lauren, mas um relacionamento complicado com o pai e a irmã Melanie. Ela procura então por seus pais biológicos, querendo resgatar seu passado.

    Mas nada é o que ela imaginava. O pai biológico, por quem sempre ansiou, é o Assassino do Acampamento, um serial killer que nunca foi pego, mas que ela conseguiu rastrear a história a partir de sua mãe biológica, que foi abusada por ele. 

    Quando sua história vaza na internet, John fica eufórico com o fato de ter uma filha e procura criar um vínculo com ela, acreditando ser sua chance de redenção. Enquanto isso, Sara acaba se envolvendo com a polícia, que a utiliza como isca para capturar esse criminoso há muito procurado, trazendo tensão e muito perigo para sua vida pessoal.

    Eu fiquei interessada pela premissa do livro, que é um grande "não mexa no que está quieto", mas me deixou bem desconfortável com a leitura. A autora traz a construção e desenvolvimento de personagens em uma área bem cinzenta, e achei algumas características e diálogos de John muito forçados para simpatizar com o personagem.

    Sara, por sua vez, está perdida em meio aos laços com sua família adotiva e essa procura pela família biológica. Ela se enxerga em algumas coisas nos pais biológicos, mas alguns traços ela preferia não ter visto em si mesma. 

    Eu gostei muito da construção de diálogos entre Sara e John, mas confesso que grande parte do livro me fez ter vontade de pular um pouco a história. As partes envolvendo os policiais e algumas relações de Sara com outros personagens foram um pouco tediosas e senti um pouco de artificialidade. 

    Fiquei curiosa para ler outras obras da autora, mas com a lista de livros infinitas que tenho, não sei se abrirei essa porta novamente. E vocês, já leram esse livro? Não esqueçam de comentar!

Boa leitura!    

As Gêmeas do Gelo

 "As Gêmeas do Gelo. Porque elas nasceram no dia mais frio do ano, tinham olhos de um azul-gelo e os cabelos loiros quase brancos, como a neve."

Autor: S. K. Tremayne
Editora: Bertrand Brasil

   Sarah e Angus Moorcroft tem uma vida perfeita: são extremamente apaixonados e pais amorosos de duas gêmeas idênticas, Lydia e Kirstie. Quando, em um terrível acidente, uma das meninas morre, a vida da família é destruída.
"Quase um ano depois nos casamos e, após quase dois anos de casamento, tivemos as meninas: gêmeas idênticas. E agora só resta uma delas."
   Procurando recomeçar após um desastroso ano e várias outras perdas em sua vida, o casal se muda para uma ilha escocesa herdada da avó de Angus, mas uma dúvida permeia a mente de Sarah: Kirstie revelou que na verdade houve um engano, que é Lydia. Em um cenário de isolamento, ela precisa se relembrar do que houve no dia que mudou a vida de todos, e chegar a uma conclusão de qual filha vive ao seu lado, e qual se foi.

   Fiquei interessada na sinopse da história e aproveitei que está disponível no Kindle Unlimited para pegar o e-book emprestado. Gosto muito de um suspense literário (na vida não é bom viver em incertezas, mas aprecio a investigação e a descoberta em uma boa história), e é uma história extremamente delicada, com o sofrimento de diversos personagens.
"Por que você continua me chamando de Kirstie, mamãe? Kirstie está morta. Quem morreu foi a Kirstie. Eu sou Lydia."
   Sarah tenta não pensar muito no acidente que tirou uma de suas gêmeas, e nem como a sobrevivente está sendo afetada. Toda sua esperança e expectativa está na mudança que farão e como talvez consigam resgatar sua vida familiar em um ambiente em que ninguém conheça seu passado. Mas uma revelação pesa em sua cabeça e a atrapalha a aproveitar esse recomeço.
"Eu preciso viver um sonho. Neste exato momento, é tudo do que preciso, porque a realidade tem sido muito difícil de suportar."
   O livro traz uma sensação de confusão muito grande em diversos momentos, sobre em quem acreditar, sobre o que aconteceu no acidente. É narrado em primeira pessoa, com o ponto de vista alternando entre Sarah e Angus. É difícil não se comover com a história dos personagens, mas ao mesmo tempo é difícil confiar em qualquer um deles.

   Fiquei um pouco confusa com o final do livro, sem saber se gostei ou não, mas de um modo geral eu aproveitei bem a leitura. Fiquei curiosa para conhecer a Escócia, parece um lugar muito bonito. E vocês, já acompanharam essa história? Não esqueçam de comentar abaixo.

Boa leitura!

On Stranger Prides

 ATENÇÃO: Esse livro contém conteúdo para um público adulto (maiores de 18 anos)

Autora: Amy Cecil

   Esse livro traz um "e se" bem grande para Elizabeth e Mr. Darcy, os mocinhos de Orgulho e Preconceito, de Jane Austen. Começando com um pedido de casamento desastroso, o livro conta a história do que acontece depois.

    Elizabeth rejeitou Mr. Darcy, e onze anos depois é uma duquesa viúva com um filho de 10 anos, que acompanha o pai em uma viagem para visitar a tia nas "Índias Ocidentais" (território atualmente conhecido como as ilhas do Caribe denominadas Antilhas e Bahamas). Na época, essa viagem só era possível através de navio, e durava semanas.

    Já Mr. Darcy mudou totalmente de vida. Ele agora é o capitão de um navio pirata, e vive no mar pilhando outros navios (Eu sei. Que? haha). É durante uma dessas pilhagens que seu navio, o Absolution (T.L. Absolvição), aborda o navio onde Elizabeth se encontra, e os dois são reunidos. Irreconhecível, Mr. Darcy, agora conhecido como Capitão Max Sterling, vê seus sentimentos serem trazidos a tona, e talvez uma chance de reconquistar a mulher que tanto ama.

   Eu me interesso por histórias de romance, piratas e gosto muito de Orgulho e Preconceito, então a sinopse me atraiu e fiquei interessada em como a autora levaria essa hipótese à frente. Eu gostei da escrita e fiquei cativada pelo andar do enredo, mas os personagens não me lembraram em nada Elizabeth e Mr. Darcy. 

   Elizabeth e Darcy tem atitudes discrepantes tanto com seus personagens originais quanto com seus personagens construídos nesse livro. Numa hora Elizabeth está super segura de suas atitudes e dois segundos depois ela age de forma totalmente contrária. E Darcy parece não se decidir sobre qual é sua personalidade.

   Ignorando essa ligação com o livro de Jane Austen, eu gostei da história. Ao manter essa conexão, o livro deixou muito mais pontas soltas e questões que não parecem verossímeis. Ainda estou curiosa sobre o que o futuro tem a trazer ao casal, e sei que há continuação, mas vou lê-la tentando ignorar que esses personagens deveriam ser os que eu já conhecia. 

   E vocês, já leram? Não esqueçam de comentar!

Boa leitura!

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